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WOM Reviews – Vexillum / Frozen Crown / Baron Carta / Magic O Metal / Animal House / Kings Winter / Frustration / Distant Past

WOM Reviews – Vexillum / Frozen Crown / Baron Carta / Magic O Metal / Animal House / Kings Winter / Frustration / Distant Past

Vexillum – “When Good Men Go To War”

2021 – Scarlet Records

Os Vexillum estão de volta com o seu novo álbum, seis anos após o aclamado “Unum”. “When Good Men Go to War”, é um disco com uma sonoridade mais agressiva e poderosa, numa evolução de estilo, bem sentida, rodeada de todo o folclore a que banda já nos habituou nas suas músicas. Uma viagem sombria, mística pelos mares gelados, com a presença daquelas melodias folk celta que se fazem acompanhar pelo grito de raiva num disco que é, sem dúvida, uma obra-prima. Onze canções gloriosas, cheias de estilo e o cunho dos Vexillum bem presente, num lançamento muito forte! Não percam!

10/10
Miguel Correia

Frozen Crown – “Winterbane”

2021 – Scarlet Records

Os Frozen Crown estão de volta com um novo trabalho dois depois do brilhante “Crowned In Frost”. Ao receber este disco para review fiquei curioso pela excelente lembrança que me deixou o seu antecessor e acima de tudo por tentar perceber como é que a banda iria dar continuidade à qualidade apresentada. Bem, não foi difícil perceber que falando de qualidade essa estava garantida. Após a audição, a sensação foi a de triunfo em toda a linha para a banda de Giada “Jade” Etro, que continua com os seus talentosos vocais femininos a fazer a diferença e Federico Mondelli, mestre na arte de criar riffs cheios de melodia criando uma gloriosa paisagem musical. Vibrei muito ao ouvir temas como o tema de abertura “Embrace The Night”, “Far Beyond” entre muitos outros temas que brilham numa textura musical muito poderosa.

10/10
Miguel Correia

Baron Carta – “Step Into The Plague”

2021 – Edição de Autor

Ora aqui está uma boa surpresa. Baron Carta é uma nova banda que vem juntar nomes como Ralf Scheepeers (Primal Fear), Jono Bacon (Severed Fifth) e Morten Gade Sorensen (Pyramaze) e que traz quatro temas intensos onde o power metal é tratado de uma forma mais norte-americana, ou seja, a roçar em certos momentos o thrash metal. Poder é mesmo a melhor forma de o definir. Sem grandes lugares comuns, com um poderio instrumental de impor respeito, esta é uma grande estreia. É pena é serem apenas quatro temas, mas parece-me que está aqui o início de algo verdadeiramente promissor.

9/10
Fernando Ferreira

Magic O Metal – “Enter The Metal Realm”

2020 – Graviton Music Services

Apesar de vinte anos atrás o fenómenos dos álbuns conceptuais terem explodido um pouco por todo o lado, apenas dois se conseguiram afirmar como casos de sucesso: Ayreon e Avantasia. Muitos outros de qualidade também surgiram mas acabaram por não ter um impacto duradouro e continuado como este. Magic O Metal assume-se como uma tentativa de cativar as gerações mais novas ao som sagrado – aqui asumindo-se como algo entre o hard’n’heavy e o power metal – com uma história que só mesmo elas poderão gostar. Tenho dúvidas em relação se a iniciativa não será ingénua mas vou optar por focar na música que até é bastante boa. Claro, está cheia de lugares comuns, mas tendo em conta o público alvo e o seu objectivo, não é de espantar. As guitarras têm o centro das atenções, com alguns temas instrumentais muito bem conseguidos e no geral sente-se que apesar de ser ingénuo, não há como deitar abaixo um trabalho desta qualidade. Mesmo que seja engolido pelo tempo, desprezado por tudo e por todos, este é um álbum de heavy metal que recomendaria a qualquer criança entre os 5 e os dez anos. E aos seus pais, claro. E para quem simplesmente goste do som sagrado, vá.

8/10
Fernando Ferreira

Animal House – “Living In Black And White”

2021 – Punishment 18 Records

É bom ver que a Punishment 18 Records está a expandir o seu catálogo para além do thrash metal – não que estivesse cansado disso, apenas é bom ter mais variedade no catálogo. No caso desta estreia dos italianos Animal House, é uma boa e agradável surpresa. O power metal é o seu campo de acção mas há por aqui também pitadas de hard’n’heavy e os temas são bastante interessantes. Bons temas que através da simplicidade conseguem conquistar qualquer um com amor a este género – ou seja com bons riffs, solos, uma excelente voz e temas marcantes. Há um cariz clássico que não conseguimos identificar muito bem de onde, mas o que é certo é que soa bem. Poderá ter déjà vú mas soa bem, por isso, qual o problema?

7.5/10
Fernando ferreira

Kings Winter – “Edge Of Existence”

2021 – Edição de Autor

A estreia (nos álbuns, já que já editaram um EP em 2019) dos Kings Winter é agradável aidna que nos deixe na dúvida algumas vezes. Primeiro vamos às apresentações. Este é o duo composto por Jule Dahs (voz) e Tobias Dahs (tudo o resto menos a bateria que no álbum é tocada por Marco Vanga), marido e mulher, ambos ex-Leviathan que mudaram de nome para Living Abyss. A sonoridade anda algures entre o heavy e o power metal sinfónico embora a voz de Jule seja tudo menos característica para o estilo. Que é o tal ponto que poderá deixar na dúvida. Poderá haver a sensação de que algo está errado. A vocalista tem uma voz que até se enquadra em campos mais góticos e melódicos e neste contexto poderá ser um sabor que terá de ser conquistado para se apreciar devidamente. Os temas em si são dinâmicos e no geral não há grandes defeitos a apontar. Esperemos que estes Reis cresçam muito mais para além desta estreia.

7/10 
Fernando Ferreira

Frustration – “The Dead City”

2021 – Nova Era Records

Segundo álbum dos italianos Frustration que trazem uma intensidade acrescida ao seu heavy metal. Bastante ruidoso e barulhento, este não é mesmo para fracos. Há aqui alguns detalhes que não resultam em plenitude. A voz ou vozes (já que na maior parte das vezes parece que temos duas vozes sobrepostas que nem por isso soam melhor – a força da voz também não é das mas impressionantes – mas instrumentalmente é onde reside o grande interesse desta banda. Garra a fazer a atitude de “ou vai ou racha” dos Motörhead a sua base, com um pouco mais de virtuosismo, “The Dead City” é um álbum com potencial que poderá interessar a quem gosta do seu heavy metal em bruto.

6.5/10
Fernando Ferreira

Distant Past – “The Final Stage”

2021 – Pure Steel Records

Ao ouvir este “The Final Stage” é impossível não pensar nos tempos quando o estilo mais tradicional estava em alta – e por tradicional compreende-se mais pelo power metal que levou por arrasto muita coisa. Curiosamente foi mais ou menos nessa altura, ou na fase final, que nasceram os Distant Past. A banda suiça surge com o seu quarto álbum, já cinco anos após “Rise Of The Fallen”. Esforçados e com alguns resultados mas sem conseguir ferver o sangue. Isto é o que se pretende com a música, qualquer música. Não é que não tenhamos bons temas mas nem sempre os mesmos são memoráveis, apesar dos bons elementos que contém. No final fica pouco, mas pelo menos há boa diversão enquanto dura. Para alguns fãs de heavy metal, poderá ser o suficiente.

6/10
Fernando Ferreira

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