WOM Reviews – W.E.T. / Jason Bieler And The Baron Von Bielski Orchestra / Creye / Crystallion / Perticone / Wig Wam / Saw The Deep / Loose Sutures
WOM Reviews – Faustian Pact / Lake Baikal / Ossaert / Deadspawn /
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W.E.T. – “Retransmission”
2021 – Frontiers Music
Os W.E.T. são daqueles nomes que são como o algodão, não enganam! “Retransmission” é apenas o quarto álbum de estúdio em 12 anos de carreira deste projeto. Quando vemos nomes como o de Robert Säll (Work Of Art), do guitarrista dos Eclipse Erik Mårtensson e do vocalista Jeff Scott Soto, reconhecido aqui por todo o seu trabalho em anos de dedicação ao rock pesado entrar num processo de trabalho conjunto, vale sempre a pena esperar o melhor e este brilhante trabalho é a prova do que aqui escrevo.
“Retransmission” é simplesmente um must e uma lição de como compor e executar hard rock melódico de forma perfeita, com temas assombrosos e que nos alegram em tempos de confinamento que nos vemos obrigados a estar fechados e precisamos disto mesmo: alegria e da energia positiva, afinal tudo aquilo que o “velho” rock sempre nos transmitiu.
10/10
Miguel Correia
Jason Bieler And The Baron Von Bielski Orchestra – “Songs For The Apolcalypse”
2021 – Frontiers Music
A Frontiers tem sido um exemplo em vários sentidos, mas não é disso que vamos agora falar, mas sim desta proposta musical com o selo da editora italiana, que nos traz Jason Bieler, conhecido pelo trabalho na banda glam rock norte americana Saigon Kick.
O álbum é uma ampla variedade sonora, pesado, melódico e naturalmente com muito daquilo que era o som por vezes eclético da banda onde Jason fez história.
“Songs For The Apocalypse” conta com uma lista de participações de outras estrelas como Todd LaTorre (Queensrÿche),Devin Townsend, Bumblefoot (Sons of Apollo), Pat Badger (Extreme), Butch Walker (ex-Marvelous 3), Dave Ellefson (Megadeth), Clint Lowery (Sevendust), Benji Webbe (Skindred), Kyle Sanders (Hellyeah) e muitos mais e leva-nos para uma autêntica jornada musical inesquecível.
10/10
Miguel Correia
Creye – “II”
2021 – Frontiers Music
Fiquei fã deles com o primeiro lançamento e agora com este “II” o nível de admiração pelo trabalho da banda sueca aumentou significativamente.
“II” apresenta um novo vocalista, de nome August Rauer e também um novo teclista que é Joel Selsfors, que se juntaram à banda logo após o primeiro álbum e está repleto de músicas de hard rock melódico cativantes, divertidas e inspiradoras da cena AOR.
É um passo de gigante na carreira da banda e não há dúvida de que o álbum tem momentos de grande qualidade. “Broken Hoghway” é um hino de arena, “Find A Reason” soa mágica e são exemplos daquilo que de bom oferece este novo disco dos Crey.
10/10
Miguel Correia
Crystallion – “Heads Or Tails”
2021 – Pride & Joy Music
A cena alemã é uma referência para muitos de nós dentro do heavy metal e dos seus subgéneros. Dali saíram grandes nomes, muitos perduram no tempo com toda a qualidade e capacidades de nos conquistar pelas suas composições e outros procuram o seu espaço como é o caso dos Crystallion. “Heads Or Tails” é um punhado de grandes melodias num todo a funcionar e a soar muito cachty.
Sabem o que sinto aqui? Apesar de ser um estilo heavy melódico já muito concorrido a banda dá tudo em cada faixa, sente-se alegria, empenho o que dá a este disco uma vibração diferente para melhor. Nesta audição não foi preciso muito para me deixar conquistar. Quando se ouvem temas como “Knights and Heroes” de “Living on a Lie”, “I’m On Fire” e não podia deixar de referir aquelas em que se sente aquilo que é a energia e determinação dos Crystallion, nas fortes e pesadas “Ready for the Sin” e “The King is Rising”. São para ter em atenção!
10/10
Miguel Correia
Perticone – “Underdog”
2021 – AOR Heaven
Os Perticone são uma banda com raízes sul americanas, mais concretamente na Argentina. Formados por Martin Perticone, um músico multifacetado com uma longa história, inclusive com alguns dos gigantes da cena, como Eric Martin (MR. BIG) e Richie Kotzen.
“Underdog” é o álbum estreia e sai pela mão da AOR Heaven Records, só por aqui já dá uma ideia da sonoridade apresentada. Uma boa fusão entre o rock, blues e até um cunho forte de uma onda mais pop, transformam-no num disco interessante e de fácil audição, uma vez que por ele existem temas que nos deixam presos na primeira passagem. Excelentes riffs, vocais limpos, sem grandes “trabalhos” de estúdio fazem de “Underdog” uma estreia sólida e bem conseguida. Recomendo!
10/10
Miguel Correia
Wig Wam – “Never Say Die”
2021 – Frontiers Music
“Never Say Die” é quinto álbum de estúdio dos noruegueses Wig Wam e na minha opinião é um trabalho de consolidação de carreira para a banda, que passados 6 anos de hiato decidiu e bem voltar ao ativo.
Aqui, eles continuam de forma cada vez mais sólida a mostrar todo o seu lado melódico, com composições bem conseguidas e solos fortemente debitados.
A fórmula funciona e foi aperfeiçoada para soar sem cansar e celebrar a rodos o hard rock melódico com malhas brilhantes, pesadas e refrões que rapidamente colam no nosso ouvido.
Ao longo de 12 faixas, há ainda direito a uns momentos mais baladeiros onde destaco o brilho e intensidade de “My Kaleidoscope Ark” e claro tenho de falar de “Northbound”, uma faixa instrumental que me deixou sem palavras por tudo o que ela nos transmite na sua audição.
10/10
Miguel Correia
I Saw The Deep – “Vimana”
2020 – Edição de Autor
São holandeses os I Saw The Deep e esta pequena proposta, trata-se de um Ep, é um enorme desafuio para os nossos ouvidos. Aquele som pesado, arrastado, cheio de intenção de nos ferir os tímpanos, que nos devasta com riffs duros, que não entram na primeira audição, mas que deixam a sua marca…sim deixam mesmo!
“Vimana” é um desafio, um punhado de composições imprevisíveis, que navegam por diferentes influências musicais. Repito não é um disco de uma audição, temos de o deixar entranhar para não estranhar!
8/10
Miguel correia
Loose Sutures – “Loose Sutures”
2020 – Electric Valley Records
Mais uma descoberta interessante. Ao pesquisar sobre os italianos Loose Sutures, vejo uma press release, coisa que nem sempre nos chega às mãos, em que a banda afirma que este álbum mostra “perfis de morte e histórias de amor excêntricas”. Cada faixa, embora definida no estilo da banda, é diferente da anterior, mas todas têm um impacto poderoso, seja através de solos de guitarra intensos, linhas de baixo pesadas ou as vocalizações crus.
Como já afirmei, gostemos ou não do que estamos a ouvir, é sempre muito bom estar perante algo genuíno, com personalidade e com marca distinta.
8/10
Fernando Ferreira