WOM Perfil – Rogelio Mateo Pitalua (Espiral)
PT
O que me proponho aqui contar, através deste artigo, é uma espécie de viagem ao interior de Espiral, uma banda com 15 anos de existência e composta por cinco homens maduros, com um passado musical e um percurso conhecido, quase em exclusivo por Ceuta. E não o vou fazer de forma jornalística (até porque não sou jornalista), mas de uma forma mais informal e até pessoal. Num momento em que o convívio se encontra tão limitado, proponho que venham até este espaço musical, onde vos vou contar o que sei sobre os Espiral. Podem conferir a biografia aqui. Hoje continuamos com o seu baixista, Rogelio Mateo Pitalua – 47 anos.
Por Rosa Soares
Rogelio Mateo Pitalua, nasceu e cresceu no seio de uma família trabalhadora, tendo desde cedo uma forte ligação à família paterna. O facto de ser filho único não foi impedimento para que, desde pequeno, aprendesse e assimilasse valores como humildade, honestidade, sacrifício e gratidão, valores que ainda hoje regem o seu dia-a-dia e lhe são reconhecidos por todos os que com ele privam. Os seus pais sempre apoiaram os seus hobbys e actividades desportivas, que Rogelio sempre soube equilibrar com os estudos.
Foi através das cassetes da mãe que teve os seus primeiros contactos musicais, mas a sua paixão pela música despertou aos 12 anos (lá pelos anos de 1985/86), com músicas bem diferentes das que mais tarde construíram as suas referências. Foram três, as canções que na altura passavam na rádio, que o fizeram despertar para a música: “Rock Me Amadeus” de Falco, “Live is Life” de Opus e “A Kind of Magic” dos Queen.
É na adolescência e numa Ceuta fervilhante de cultura musical e com muitos aficionados pelo heavy que, bandas como Scorpions e Judas Priest, reveladas por um amigo de colégio, o trazem para o mundo heavy rock. No entanto, os gostos musicais de Rogelio e, por conseguinte, as suas influências são muito diversificados e passam por bandas desde Scorpions, Judas Priest, Iron Maiden, Accept, White Lion, Stryper, Crimson Glory, Savatage, Helloween, Loudness, Bon Jovi, TNT, até a sons mais duros como Testament, Kreator, Metallica ou In Flames. As bandas espanholas não ficam de fora e destacam-se os Sangre Azul, Niagara, Hiroshima, Saratoga, Siddharta, 7Almas, … De todas as bandas que mais o marcaram destaca Crimson Glory e Stryper, mas se lhe perguntarmos de quem é fã, a sua resposta será certamente: Midnight e Sangre Azul.
É também por esses anos, que o baixo entra na vida de Rogelio, para nunca mais sair. Aos 15 anos, decide com os amigos, formar uma banda e cada um foi elegendo o seu instrumento, sobrando o baixo. E assim, este apaixonado por riffs de guitarra, sucumbe à paixão pelo baixo, iniciada pela consolação de que era mais fácil tocar quatro cordas, transformando-se depois num amor verdadeiro.
Surgem então os Heyndhal, a primeira banda onde Rogelio e Antonio Jurado começam a tocar, que após algum tempo e algumas alterações na sua formação, muda de nome para Asylum. Esta formação revela já algum cuidado nas composições, escrevendo letras em inglês, numa sonoridade mais thrash. Existe por aí, uma cassete, gravada num leitor de cassetes a 1 de Maio de 1991, onde se podem ouvir três temas dos Asylum: “Into The Dark”, “Dirty Law” e “Phantoms”. Ceuta era então, uma cidade de bandas emergentes, algumas delas com maior visibilidade, como era o caso de Sheilan. E Rogelio é convidado para integrar os Sheilan. Aos 18 anos, o sonho de ser rockstar parece concretizar-se e o jovem baixista agarra-o com toda a energia, força e dedicação que tem e que é visível em algumas gravações ao vivo dessa época (algumas delas disponíveis no Youtube). Olhando para o Rogelio de hoje, dificilmente imaginaríamos o jovem de calças justas, cabelo comprido e ar de estrela de rock, que tinha nessa época. Seis meses e quatro concertos depois, Rogelio sai da banda após ter sido a isso convidado, com a informação de que esta se ia dissolver. Não foi o que aconteceu e a desilusão levou a que do sonho dos palcos passasse a uma quase anulação da música durante cerca de 10 anos. Nesse período, cumpriu o serviço militar, esteve 3 anos em Granada a concretizar a sua formação académica, entra para a Polícia Local e constitui família (é casado e tem dois filhos: um rapaz e uma rapariga).
É no seio da vida profissional que reencontra António, também Polícia e, em 2001, decidem retomar a música. Juntaram a guitarra de Luis Zapater e a voz de Wiki e formaram La Taberna de Moe, banda que sofreu algumas alterações na sua formação e deu origem a Espiral, no ano de 2005. A verdade é que Rogelio é apaixonado por música (que prefere ouvir em formato físico), por canções que tocam a alma, pelos sons melódicos do AOR. Escuta os seus próprios álbuns afastando-se do espírito crítico, disfrutando como qualquer outro ouvinte. Por isso, não nos admira que o seu ídolo seja Midnight, e que quando questionado porquê, nos diga “pela sua visão e capacidade de compor canções puras e de profundos sentimentos. Cantava com a alma!!!”
Dedicado, fiel e constante é como se define este baixista, que abdicou das luzes da ribalta das guitarras e aceitou o baixo, iludido pela maior facilidade de aprendizagem – sabia lá ele o que o esperava! Praticante de desporto, pertence ao Club Desportivo da Polícia Local de Ceuta, dá aulas numa escola para candidatos à Polícia Local e é formador através de sindicatos.
Sobre o momento actual, Rogelio refere: “Agrada-nos imenso todo este movimento que a banda está a ter. É um orgulho e um elogio que emissoras de rádio estrangeiras tenham dado espaço ao nosso disco, assim como alguns meios de comunicação de grande prestígio musical nacional. Deixa-te um sabor doce que te leva a respirar e a suportar o voo que a banda está a fazer e principalmente a perspetivar o futuro que sonhamos.” e refere que Espiral não saiu de Ceuta mais cedo “Em grande parte, o nosso conformismo, em sermos uma banda local e pouco mais, apesar daquela tentativa, em 2009, com “Contratiempos”. Neste momento, temo-nos desdobrado numa actividade promocional nunca realizada, temos grande motivação, esperança e ilusões. Toda esta energia positiva foi despertada pelo nosso oásis português. No último ano mudou tudo. Há um ano estávamos em plena gravação do disco, e nada nos fazia pensar que “Cuando Vuelve El Sol” estaria a ter o apoio e difusão que está a ter. Mudou algo muito importante: a nossa crença na banda e o seu incentivo, que recebemos a cada crítica ou notícia que se publica na imprensa.”
Gostaria de ver escrito na sua biografia: “Participou na tournée de CVES* 2021”. Bem, Rogelio, sendo assim, em 2021 vamos ter de voltar a falar!
*CVES = Cuando Vuelve El Sol”
ESP
Lo que propongo contar aquí, a través de este artículo, es una especie de viaje al interior de Espiral, una banda con 15 años de existencia y compuesta por cinco hombres maduros, con un pasado musical y una trayectoria conocida, casi exclusivamente por Ceuta. Y no lo voy a hacer de forma periodística (porque no soy periodista), sino de forma más informal y hasta personal. En un momento en el que socializar es tan limitado, te propongo que vengas a este espacio musical, donde te contaré lo que sé sobre Espiral. Puedes ver la biografía aquí. Hoy continuamo con su bajista, Rogelio Mateo Pitalua – 47 años.
Rogelio Mateo Pitalua, nació y se crió en una familia trabajadora, teniendo una fuerte conexión con la familia de su padre desde pequeño. El hecho de ser hijo único no fue impedimento para él, desde niño, para aprender y asimilar valores como la humildad, la honestidad, el sacrificio y la gratitud, valores que aún rigen su vida diaria y son reconocidos por todos que con el privan. Sus padres siempre apoyaron sus aficiones y actividades deportivas, que Rogelio siempre supo equilibrar con sus estudios.
Fue a través de los casetes de su madre que tuvo sus primeros contactos musicales, pero su pasión por la música despertó a los 12 años (hacia 1985/86), con canciones muy diferentes a las que luego construyeron sus referencias. Tres canciones en la radio le hicieron despertar con la música: “Rock Me Amadeus” de Falco, “Live is Life” de Opus y “A Kind of Magic” de Queen.
Es en su adolescencia y en una Ceuta repleta de cultura musical y con muchos aficionados metaleros que bandas como Scorpions y Judas Priest, reveladas por un amigo del instituto, lo llevan al mundo del heavy rock. Sin embargo, los gustos musicales de Rogelio y, por tanto, sus influencias son muy diversas e incluyen bandas desde Scorpions, Judas Priest, Iron Maiden Accept, White Lion, Stryper, Crimson Glory, Savatage, Helloween, Loudness, Bon Jovi, TNT, hasta sonidos más duros como Testament, Kreator, Metallica o In Flames. Las bandas españolas no se quedan fuera y se destacan Sangre Azul, Niagara, Hiroshima, Saratoga, Siddharta, 7Almas… De todas las bandas que más le marcaron destaca Crimson Glory y Stryper, pero si le preguntamos de quién es fan, su respuesta seguramente será: Midnight y Sangre Azul.
También es durante estos años que el bajo entra en la vida de Rogelio, para no salir jamás. A los 15 años decidió formar una banda con sus amigos y cada uno eligió su instrumento, dejando el bajo. Y así, este apasionado de los riffs de guitarra, sucumbe a la pasión por el bajo, iniciada por el consuelo de que era más fácil tocar cuatro cuerdas, convirtiéndose luego en un verdadero amor.
Luego vino Heyndhal, la primera banda donde empezaron a tocar Rogelio y Antonio Jurado, que después de un tiempo y algunos cambios en su formación, cambiaron su nombre a Asylum. Esta formación ya revela cierto cuidado en las composiciones, escribiendo letras en inglés, en un sonido más thrash. Hay un casete, grabado en un reproductor de casetes el 1 de mayo de 1991, donde se pueden escuchar tres canciones de Asylum: “Into The Dark”, “Dirty Law” y “Phantoms”.
Ceuta era entonces una ciudad de bandas emergentes, algunas de ellas con mayor visibilidad, como fue el caso de Sheilan. Y Rogelio fué invitado a unirse a Sheilan. A los 18 años, el sueño de ser una estrella de rock parece hacerse realidad y el joven bajista lo agarra con toda la energía, fuerza y dedicación que tiene y que se percibe en algunas grabaciones en vivo de esa época (algunas de ellas disponibles en Youtube). Mirando a Rogelio hoy, difícilmente imaginaríamos al joven de pantalones ajustados, larga mellena y aire de estrella de rock, que tenía en ese momento. Seis meses y cuatro conciertos después, Rogelio abandonó la banda tras ser invitado a eso, con la información de que se iba a disolver. Ese no fue el caso y la desilusión llevó el sueño del escenario a una casi nulidad de la música durante unos 10 años. Durante este período completó su servicio militar, pasó tres años en Granada completando su formación académica, ingresó en la Policía Local y constituyó familia (es casado y tiene dos hijos: un niño y una niña).
Es en su vida profesional que vuelta a encontrar a António, también policía, y en 2001 deciden retomar la música. Se unieron a la guitarra de Luis Zapater y a la voz de Wiki y formaron La Taberna de Moe, banda que sufrió algunos cambios en su formación y dio lugar a Espiral, en 2005.
Lo cierto es que a Rogelio le apasiona la música (prefiere escuchar en formato físico), canciones que tocan el alma, los sonidos melódicos de AOR. Escucha sus propios discos alejado del espíritu crítico, disfrutándolos como cualquier otro oyente. No es de extrañar que su ídolo sea Midnight, y que cuando le pregunten por qué, nos lo diga “por su visión y capacidad para componer canciones puras y sentimientos profundos. Cantaba con su alma !!! ”
Dedicado, fiel y constante es como se define este bajista, que abdicó del protagonismo de las guitarras y aceptó el bajo, engañado por la mayor facilidad de aprendizaje, no sabía lo que lo esperaba! Practicante de deporte, pertenece al Club Desportivo da Polícia Local de Ceuta, enseña en una escuela para candidatos a la Policía Local y es formador a través de sindicatos.
Sobre el momento actual, Rogelio dice: “Estamos muy contentos con todo este este movimiento que esta teniendo la banda. Es un orgullo y un elogio que emisoras de radio extranjeras se hagan eco de nuestro disco, así como determinados medios de gran prestigio musical nacional. Te deja un dulzor en la boca que te lleva a coger aire y sopesar el vuelo que esta teniendo la banda y sobre todo la perspectiva de futuro que soñamos.” y asegura que Espiral no se fue antes de Ceuta “En gran parte nuestro conformismo de ser una banda local y poco mas a pesar de aquel intento en 2009 con Contratiempos. Ahora hemos desplegado una actividad promocional hasta ahora nunca llevada a cabo, tenemos gran motivación, esperanza e ilusión. Toda esta energía positiva fue despertada por nuestro oasis portugués (RS). En el último año todo ha cambiado. Hace un año estábamos en plena grabación del disco, pero nada nos hacia pensar que CVES estaría teniendo el apoyo y difusión que eta teniendo. Ha cambiado algo muy importante nuestra fe en la banda y su refuerzo que recibimos con cada critica o noticia que se publica en los medios.”
Le gustaría ver escrito en su biografía: “Participó en la gira CVES * 2021”. Bueno, Rogelio así que en 2021 tendremos que volver a hablar!
* CVES = Cuando Vuelve El Sol ”
Support World Of Metal
Become a Patron!