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WOM Reviews – Amahiru / Darker Half / Velvet Viper / Cruz de Ferro / Knight Errant / Tension Rising

WOM Reviews – Amahiru / Darker Half / Velvet Viper / Cruz de Ferro / Knight Errant / Tension Rising

Amahiru –“Amahiru”

2020 – earMUSIC

Boa surpresa e mais uma prova – como se precisassemos de alguma – do enorme talento de Frédéric Leclercq (ex-Dragonforce e actualmente nos Kreator, Sinsaenum, Loudblast e mais uma mil bandas) que aqui se juntou a Saki (das Mary’s Blood e Nemophila, duas bandas totalmente femininas de metal praticamente desconhecidas aqui pelos nossos lados) para apresentar algo novo. Uma fusão do mundo ocidental e oriental através do heavy/power metal. A influência nipónica insurge-se pela presença de algumas melodias e instrumentos próprios (como na faixa de abertura “Innocent”, mas até não surge com a frequência que se pode julgar. As guitarras estão repartidas entre Leclercq (que tratou também do baixo) e Saki, sendo que Saki concentrou-se apenas na guitarra lead. Para completar o ramalhete temos ainda Mike Heller (baterista dos Fear Factory), Coen Janssen (teclista dos Epica) e ainda um desconhecido Archie Wilson (que tem uma série de vídeos de covers no YouTube) que tem uma fantástica voz, que eleva ainda mais a classe da coisa. Conjunto de temas bastante diversos, que vão do mais melódico (e instrumental) ao furioso (como a viciante “Samurai” que é sem dúvida o tema mais viciante de todo o trabalho. Sabendo de antemão de que este poderá ser um projecto esporádico, fica de qualquer forma como resultado um bom álbum de originais de heavy / power metal moderno e melódico.

9/10
Fernando Ferreira

Darker Half – “If You Only Knew”

2020 – Massacre Records

O lado bom deste trabalho é muitas das vezes descobrir novas sonoridades ou novos nomes que entram para a nossa playlist.

Da Austrália, chegam-nos os Darker Half com o seu quarto (!!!) trabalho. É verdade, “If You Only Knew” é quarto disco de uma banda que merece toda a vossa atenção.

De sonoridade power metal melódico a banda australiana produz uma quantidade de temas, poderosos, cheios de groove e melodia e onde a voz de Steven Simpson, também guitarrista, brilha imenso nas composições apresentadas.

Com tempo foi tentar ver o que está para trás no catálogo dos Darker Half, mas acreditem foi devorar este disco comos e não houvesse amanhã! Perfeito!

10/10
Miguel Correia

Velvet Viper – “From Over Yonder”

2020 – Massacre Records

Primeiro álbum dos Zed Yago, reapresentado como álbum dos Velvet Viper, banda criada após a dissolução da banda no início da década de noventa. Já aqui tinha referido as minhas dúvidas em relação à validade desta decisão, não de um ponto de vista legal, mas de um ponto de vista moral. Remisturado (e masterizado por Alexander Krull dos Atrocity) e com faixas bonus (dois temas ao vivo e ainda uma espécie de balada que conta a história da banda. E dos Zed Yago. Mais ou menos), é uma boa forma de ficar a conhecer um dos grandes tesouros da cena de heavy metal tradicional alemã. Ainda que surja com outra identificação.

8.5/10
Fernando Ferreira

Cruz de Ferro – “A Batalha de Torres Novas”

2020 – Bonesaw Entertainment

Cruz de Ferro, um dos exemplos da perseverança do heavy metal nacional. A banda regressa com um álbum ao vivo, numa edição limitadissima em cassete e ainda por cima onde está registado esse momento histórico para uma banda. O seu primeiro concerto, em 2013. A captação é crua mas nada que disvirtue o impacto de ver os Cruz de Ferro tocar ao vivo. E tem que se dizer, tendo sido o seu primeiro concerto, a banda revelava já um grande à vontade, não se notando em nada ser uma estreia. Os temas são todos oriundos do primeiro EP “Guerreiros do Metal”, excepto pela intro “Carbonária” e o tema “Em Guerra”, que só viriam a ser editados muito mais tarde, no segundo álbum de originais, já em 2017. Para os amantes do heavy metal, para os amantes do formato cassete, este é um trabalho bem apetecível. E recomendado.

7.5/10
Fernando Ferreira

Knight Errant – “Divan”

2005 – Atlantis Müzik

Seis anos passaram até que os Knight Errant lançassem o segundo álbum. O cenário já era bastante diferente, com outras vertentes do metal a ganhar vantagem em relação ao power metal e curiosamente isso sente-se aqui de certa forma. A formação mantém-se praticamente a mesma embora na ficha técnica, a violonista Ilgın Ayık esteja representada como convidada mas o seu violino mantém-se como uma constante. Os temas estão construídos de uma forma mais madura, notando-se uma evolução, mais próximos até da vertente folk do que propriamente do power metal. Seja que estilo for, resulta e resulta bem. A voz continua a soar algo frágil, mas no geral, “Divan” é um bom trabalho.

7.5/10
Jorge Pereira

Knight Errant – “Ruhlarin Buyuk Gocu/The Grand Migration of Souls”

2020 – Edição de Autor

Foram necessários quinze anos para termos um novo trabalho por parte dos turcos Knight Errant. A primeira coisa que se salienta é que dos três, este é aquele que tem o melhor som. Mais agressivo e cheio mas sem deixar de ter espaço para a melodia do violino de Ilgın Ayık. Até a voz de Uluer Emre Özdil nos parece ter amadurecido mais, ainda que o seu timbre se mantenha intacto. Bons riffs, boas melodias e temas mais sóbrios,  temos aqui uma boa evolução por parte de uma banda que teve demasiado tempo calada – cheira-me que também houve aqui pelo meio alguns períodos de instabilidade no alinhamento. Seja como for, estão de volta e muito bem. Os fãs de heavy/power/folk metal agradecem.

8/10 
Fernando Ferreira

Knight Errant – “Knight Errant”

1999 – Kod

Álbum de estreia dos turcos Knight Errant, lançado já no distante ano de 1999. Vinte anos passaram e a febre do power metal que havia na altura também já se foi. Muitas bandas, de vários sítios espalhados pelo globo surgiram. A Turquia não seria um desses sítios em que pensaríamos inicialmente mas esta foi uma boa surprea. Embora a produção seja algo rudimentar e a voz Uluer Emre Özdil algo genérica, há por aqui um sabor folk metal que soa muito bem, principalmente pelo uso de violino por parte de Ilgın Ayık , sempre presente. Sim, soa genérico, sim soa datado e perfeitamente inserível no período mencionado atrás, mas quando causa impacto ao ouvir vinte anos depois, é porque há por aqui algo. Foi sem dúvida uma boa surpresa.

7/10
Fernando Ferreira

Tension Rising – “Penumbra”

2020 – Edição de Autor

Os Tension Rising voltam à carga seis anos após a estreia e o som que trazem consigo soa cansado como se tivesse sido feito em 2004. Não quero quero ser mal entendido, o som está poderoso o suficiente para que o peso seja o principal beneficiado mas as composições em si, este groove a querer ser thrash mas sem chegar a sê-lo propriamente por andar sempre no midtempo já há muito tempo que não é novidade e para ter um impacto forte teria de se apresentar de uma outra maneira. Interessante mas não consegue empolgar infelizmente.

5/10
Fernando Ferreira

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