Review

WOM Reviews – Order 69 / Desource / Beaten To Death / Hexis / Flush

WOM Reviews – Order 69 / Desource / Beaten To Death / Hexis / Flush

Order 69 – “Order 69”

2020 – Bug Valley Records

Rock, rock, rock. Se nós nos limitassemos ao que nos é impingido pelos olhos a dentro, nunca conheceíamos bandas como os Order 69, banda alemã que parece que é natural do Reino Unido, pelo cariz indie rock descomprometido, a roçar o punk, que apresentam. Uma simplicidade que vai da capa até ao som. É uma lufada de ar fresco mesmo sem apresentar nada de novo. Um regresso à década de noventa ou até à corrente de rock mais sujo que ainda era popular no início do século. Grande feeling, grandes temas, grande groove. Não é preciso dizer muito mais para dizer que fiquei fã, não é verdade?

9/10
Fernando Ferreira

Desource – “Ambition”

2020 – Rockshots Records

O impacto que o álbum de estreia dos Desource, “Dirty Happiness”, teve fez com que a banda tivesse chegar a muitos sítios inesperados, acompanhando bandas de valor. Entretanto já passaram sete anos, tempo suficiente para que se esquelam deles. Devo dizer que este EP tem o poder mais que suficiente para impedir que isso aconteça. A conjugação de diferentes sonoridades não é de agora, nem sequer a loucura do mathcore, mas os Desource têm uma enorme vantagem, conseguem fazer isso e ainda apresentar melodias memoráveis e montes de ganchos. Não é o caos pelo caos, o berro pelo berro, é uma conjugação de elememtos, alguns bem díspares, que funcionam muito bem em conjunto. EP impressionante!

8.5/10
Fernando Ferreira

Beaten To Death – “Laat Maar, Deel Een: Ik Verhuis Naar Mastbos“

2020 – Edição de Autor

Este é o primeiro de uma série de Eps que os Beaten To Death vão lançar agora no final de 2020. São quatro curtas descargas de ódio e raiva em forma de caos, feedback, grind e crust. E ainda tem espaço em cerca de seis minutos para apresentar melodias que nos apanham desprevinidas. Este tipo de coisas nunca são demais. Aliás, são mesmo de menos.

8/10
Fernando Ferreira

Beaten To Death – “Laat Maar, Deel Twee: Ik Verhuis Naar Østmarka”

2020 – Edição de Autor

Segundo EP dos Beaten To Death que continua com a mesma fórmula. Melodias a soar algo macabras, explosões de raiva e blastbeats e feedback, muito feedback. Claro que o gutural a soar por cima. Ainda assim é possível encontrar variações entre este e o anterior EP, algo que valida esta decisão de separar as águas em quatro Eps, sendo que este é ligeiramente mais experimental.

8/10
Fernando Ferreira

Beaten To Death – “Laat Maar, Deel Drie: Ik Verhuis Naar 青木ヶ原“

2020 – Edição de Autor

Terceira parte da quadrologia de Eps dedicada à floresta por parte dos Beaten To Death, uma terceira parte que surge com um groove macabro que não se deixa de apreciar. O que há assinalar, tanto neste como nos outros que já ouvi, é a dinâmica que estes quatro temas conseguem ter num curto período de espaço bastante curto. O ideal para se ficar viciado.

8/10
Fernando Ferreira

Beaten To Death – “Laat Maar, Deel Vier: Ik Verhuis Naar Endor“

2020 – Edição de Autor

Quarta e última parte que me obriga a querer contradizer aquilo que disse antes, no segundo EP. Apesar de compreender a razão de querer separar os Eps, acho que isto tudo funcionaria muito bem em conjunto. Dinâmica não lhe falta e mesmo com os quatro juntos (totalizando dezasseis faixas) ficaríamos com a ideia de que ainda seria curto. Depois de chegar ao fim queremos mesmo voltar ao início.

9/10 
Fernando Ferreira

Hexis – “Exstirpo / Exsorbeo”

2020 – Wooaaaargh

Dois temas apenas em quatro minutos. Coisa pouca, é certo mas com uma intensidade negra de tal forma que não deixa de ser impressionante. É pena é ser tão curta. Não chega para ficar com uma ideia do som da banda para quem a está a ouvir pela primeira vez, como foi o meu caso. Mas a curiosidade para ouvir mais fica sem dúvida cá.

7/10
Fernando Ferreira

Flush – “It Began As A Mistake”

2020 – Concorde Music Company

O comunicado de imprensa começa por dizer que alguém apontou os finlandeses Flush como a terceira melhor banda de punk do planeta. Apesar de ser sempre relativo uma afirmação destas, parece-nos algo exagerado. Para já até nem são tão punk como isso. A sua sonoridade vai beber um pouco ao alternativo e ao rock. De qualquer forma não é por causa disso que estamos pertante uma banda menor ou até de um álbum menor. Não é tão explosivo quanto se esperava perante expectativa tão alta mas definitivamente que é um lançamento de valor, principalmente para quem aprecia as nuances mais melódicas do punk e do alternativo.

7/10
Fernando Ferreira

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.